Qual das modalidades conseguirá terminar primeiro o percurso de sete quilômetros, que tem como ponto de partida a Ciclofaixa da Augusto Stresser, na altura do número 207, Juvevê, passando pela Câmara de Vereadores e tem como ponto de chegada a Prefeitura Municipal de Curitiba? Na verdade é um desafio que não busca campeões, mas registrar e analisar todos os dados gerados pela iniciativa, como as dificuldades encontradas no percurso, o trânsito, testando a infra-estrutura existente hoje para esses vários tipos de meios de locomoção na cidade.
O Desafio Intermodal é uma promoção do Projeto de Extensão Ciclovida da UFPR e o Grupo Bicicletada, que defendem a utilização da bicicleta como um meio de transporte saudável é viável para os curitibanos. O coordenador do projeto Ciclovida José Carlos Belotto comenta que o Ciclovida quer conscientizar a comunidade de que o seu uso pode ser uma possibilidade de mobilidade urbana mais sustentável.
A pretensão é criar propostas para uma cultura de maior utilização da bicicleta. “Existe um preconceito, uma postura negativa com relação à bicicleta. As pessoas vêem o carro como ‘status’ e a bicicleta de uma maneira negativa”, explica Belotto, ao comentar que num estudo de simulação, se apenas 10% dos curitibanos deixassem de utilizar o carro como meio de transporte a atmosfera ganharia com uma redução de 6.963.062 quilos de poluentes ao ano.
Explica ainda que os ciclistas estarão em maior número em razão das categorias que representarão: haverá um atleta, um com mais de 50 anos, um com bicicleta dobrável que poderá percorrer o trecho ora pedalando, ora utilizando transporte coletivo; um com bicicleta modelo Cecizinha e um com roda fixa. Tudo para mostrar que a bicicleta não é um meio de transporte apenas para jovens condicionados, mas também para todas as faixas de idade e tipos de bicicletas, bastando apenas a vontade de utilizá-la não apenas como lazer, mas como um transporte que traz benefícios para a saúde do usuário e para um ambiente menos poluído.
O desafio começa pontualmente às 18 horas. Belotto estima que de 15 minutos à meia hora os participantes estarão “batendo ponto” na Câmara Municipal e que de 30 minutos à uma hora devem cruzar a linha de Chegada.
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Foto: José Carlos Belotto
Fonte: Leticia Hoshiguti
