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Depois de 49 anos de trabalho, servidor mais antigo da UFPR se aposenta com festa no Cifloma

O mês de maio começa com uma lacuna no Departamento de Engenharia Florestal da UFPR: depois de quase 50 anos dedicados ao trabalho no local, o mais antigo servidor da universidade até então em atividade acaba de se aposentar. Aos 69 anos, Ademir José Cavalli encerrou sua jornada profissional na semana passada, recebendo homenagens dos colegas de trabalho.

Natural de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, Cavalli assinou o contrato de admissão na UFPR no dia 1° de setembro de 1968. Indicado pelo pai, que era pedreiro na instituição, ele ingressou no Departamento de Engenharia e Tecnologia Florestal como auxiliar de serviços elétricos.

Na época ainda não havia concursos para seleção de funcionários. Com o passar do tempo, porém, Cavalli foi prestando concursos internos, até chegar à função de técnico de laboratório.

Cavalli ingressou na UFPR como auxiliar de serviços elétricos e se aposenta como técnico de laboratório. Foto: Larissa Nicolosi

No emprego, viu gerações se formarem e seguirem carreira. Participou de grande parte das teses apresentadas pelos alunos de engenharia florestal e madeireira, que passavam pelo laboratório para coletar corpos de prova (amostras de árvores que são usadas para testes de resistência, por exemplo). Acompanhou estudantes que depois se tornaram professores da UFPR, e assim fez grandes amizades. Um desses casos é o do professor Carlos Firkowski, do Departamento de Ciências Florestais, que conheceu Cavalli quando era calouro da universidade, e na semana passada foi um dos presentes na festa de despedida do técnico.

O trabalho de Cavalli deixou também marcas visíveis. Quando a Escola de Floresta era localizada no bairro Juvevê (onde está o atual polo de comunicação), o servidor participou da montagem do espaço. Ajudou no plantio das mudas de imbuia e eucalipto espalhadas pelo campus e no local que atualmente é a Praça Brigadeiro Do Ar Mário C. Eppinghaus. Também foi ele, lembra, quem colocou na fachada do prédio o letreiro com a inscrição “Universidade Federal do Paraná”.

Calmo e de poucas palavras, Cavalli conquistou os colegas pela prontidão para ajudar e pela dedicação – característica ressaltada por todos que falaram sobre ele durante a confraternização, realizada no Centro de Ciências Florestais e da Madeira (Cifloma) no dia 27 de abril. “Ademir, você vai fazer muita falta. Precisa aparecer pelo menos uma vez por semana para matar a saudade”, disse o secretário do Departamento de Engenharia Florestal, Newton Celso Gurak.

A mulher de Cavalli, Juraci de Fátima Moraes, emocionou-se ao falar do marido. “É um homem batalhador e que faz tudo pela família, com um empenho fantástico”, disse.

Para Ademir Cavalli, deixar a UFPR é como deixar a própria casa, à qual se dedicou por quase meio século. “Saio com a sensação de dever cumprido e boas recordações”, disse. Os planos para a aposentadoria incluem reparos na casa e pescarias com os amigos. “Além de lidar com a saudade que fica”, completa.

Larissa Nicolosi, sob supervisão de Lorena Klenk

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