O Departamento de Zoologia foi o primeiro a receber o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) elaborado pela Unidade de Segurança do Trabalho (UST) – vinculada à Coordenadoria de Atenção Integral à Saúde do Servidor (CAISS) e ligada à Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEPE). O documento tem o objetivo de identificar os riscos existentes nos diferentes processos de trabalho e levar os conhecimentos de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais aos servidores. A entrega foi realizada nesta quarta-feira (12).
São considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde dos servidores.
Por meio da antecipação, do reconhecimento, da avaliação, do controle e do monitoramento dos riscos, o documento propõe um cronograma de ações e medidas de controle que deverão ser adotadas em um período de 12 meses. Após esse prazo, haverá um novo diagnóstico para verificação do que precisa ser aprimorado.
O engenheiro de segurança do trabalho e chefe da UST, Clobert Jeffersson Passoni, exemplifica os riscos encontrados de forma objetiva. “No departamento de Zoologia, por exemplo, existem coleções muito grandes de insetos que são conservados com cânfora ou naftalina. A naftalina é extremamente tóxica pois sofre sublimação – muda do estado sólido para o estado gasoso – expondo a pessoa que está respirando no ambiente à toxicidade do produto”.
Para reduzir e prevenir riscos como esse, que podem influenciar no acometimento de doenças, medidas como utilização de equipamentos de proteção coletiva e individual, capelas de exaustão para manipulação de substâncias e remanejamento de produtos devem ser adotadas. “Não há dinheiro nem adicional que possa ressarcir problemas causados por esses riscos, até porque estão envolvidos os fatores emocional e social além do físico. Por isso a importância da prevenção”, afirma Passoni, que também lembrou do incêndio recentemente ocorrido no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro para corroborar a necessidade de precaução.
O chefe do departamento de Zoologia, professor Paulo de Tarso da Cunha Chaves, observa que o PPRA exerce duas funções. “Ele indica aquilo que precisamos melhorar e corrigir para mudar os procedimentos cotidianos e adequá-los às necessidades pautadas pelos profissionais qualificados, além de promover subsídio para demandarmos à universidade os recursos financeiros e materiais necessários para implantar as ações preconizadas”.
Chaves conta que, antes do diagnóstico, apenas eram tomadas condutas empíricas como a obtenção de extintores de incêndios, pisos antiderrapantes e equipamentos de proteção individual, muitas vezes como efeito corretivo.
O PPRA é parte integrante de um conjunto amplo de iniciativas que visam a preservar a saúde e a integridade física dos servidores. Está articulado com o disposto em normas regulamentadoras nesse sentido, em especial o Programa de Controle Médico de Segurança Ocupacional (PCMSO) – previsto na NR-7. Na sequência, deve ser implementado em outros departamentos do Setor de Ciências Biológicas e estendido a outros setores.
