Como encerramento da exposição Rubinski – do silêncio, 16 crianças portadoras de deficiência visual ou de baixa visão participaram de uma ação educativa inédita no MusA – Museu de Arte da UFPR na sexta-feira, 13 de abril.
A iniciativa foi da professora de artes, com especialização em Educação Especial, Diele Fernanda Pedrozo de Morais e envolve alunos da Escola de Educação Especial Osny Macedo Saldanha, vinculada ao Instituto Paranaense de Cegos.
A ação educativa culminou com a visita ao MusA e vinha sendo desenvolvida com as crianças há quatro semanas. A ação foi composta de três momentos: apresentação do vídeo do artista aos alunos de baixa visão, ainda na escola, conhecimento dos elementos e da obra do artista, através de peças em madeira e o terceiro momento será uma oficina onde as crianças poderão produzir, a partir do que aprenderam, com borracha EVA e cola.
Com as crianças mais novas, Diele desenvolveu dois processos. O primeiro foi conversar sobre o MusA, pois as crianças nunca foram a um museu.
Posteriormente, os alunos ouviram sobre a obra do artista e percorreram a sala de aula para entender como é uma casa (porta, janelas, paredes). Na seqüência, foi feita a transposição desses elementos para formas geométricas. Para entender uma arvore, por exemplo, as crianças foram ao jardim da escola e tocaram uma árvore bem grande e uma muda que havia sido plantada. “Este primeiro estágio é muito importante, caso contrário, a ação no Museu teria pouco resultado, pois esse alunos não têm um conhecimento básico”, explica Diele.
Para se ter uma idéia de como uma ação deste tipo precisa ser bem planejada, todo o texto do catálogo da exposição foi transposto para o sistema Braile e foram feitos recortes de madeira de elementos das obras, como árvores e casas. Para que os alunos possam ter idéia da profundidade, foi confeccionado um protótipo de madeira da obra, em uma máquina de prototipagem do Núcleo de Design da UFPR.
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Foto: Foto cedida pela PROEC
Fonte: Sônia Loyola
