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Curitiba poderá ganhar escola de fabricação e restauro de instrumentos musicais

A apresentação será feita pelo liutaio – restaurador – Leandro Mombach, com a participação do coordenador de cultura da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, Aloísio Schmid; Emmanuel Appel coordenador do projeto Campus Central da UFPR: uma idéia para Curitiba e Paulo Bracarense diretor superintendente da FUNPAR.

A solenidade será às 16 horas , na sede da FUNPAR, Rua João Negrão, 280. Pela proposta, a nova escola seria montada para restaurar instrumentos como
violinos, violas, violoncelos, contrabaixos, violas da gamba, violões, violas caipiras, cavaquinhos, bandolins, entre outros. Outra finalidade seria a construção de instrumentos musicais. O coordenador Leandro Mombach é formado em Gubbio na Região da Úmbria, Itália.

A intenção é que os egressos desta escola deverão atingir um nível de formação suficiente para que constituam sólidas oficinas, podendo atuar de maneira autônoma nas diferentes regiões brasileiras, em atendimento à demanda nacional e internacional, inclusive produzindo instrumentos de alto valor. Apesar de sua baixa demanda por capital físico, a construção de instrumentos musicais acústicos se caracteriza por uma alta agregação de valor. Se a indústria moveleira transforma um metro cúbico de madeira trabalhada em aproximadamente R$ 20.000 , a luteria, por utilizar dimensões pequenas de madeira em seus instrumentos, transforma o mesmo metro cúbico em até R$ 180 mil.

Leandro Mombach trabalha na Região de Curitiba desde 1993 e atende
solicitações de diversas cidades brasileiras. Tem sido incumbido não somente de produzir instrumentos para músicos de alto padrão, como de restaurar instrumentos antigos de posse dos músicos, entre eles o violinista Paulo Bosísio, do Rio de Janeiro. Ele acredita que a cada ano é mais patente a necessidade de se estabelecer no Brasil uma escola de lutheria que forme profissionais plenos, primando pela abrangência e qualidade da formação. Isto não se tem conseguido somente através da transmissão entre mestre e aprendiz; tampouco seria prudente ou possível ao se abreviar a formação, adaptando o extenso currículo à urgência da demanda – seja pelo lado social, da necessidade de criar empregos para a população excluída, seja pelo lado dos serviços a serem prestados aos instrumentistas.
Pelo projeto, espera-se manter na escola de vinte e cinco alunos a cinqüenta alunos. Os primeiros profissionais de arquetaria – construção de arcos para violinos, violas, violoncelos, contrabaixos e violas de gambá – e construção de violões clássicos deverão concluir sua formação em dois anos. Os profissionais de construção de violinos, violas e violoncelos deverão concluir sua formação em quatro anos. Destes, espera-se que dez por cento possam atingir grau de excelência tal que lhes permitam incorporar-se aos quadros da própria escola, viabilizando uma gradual expansão da oferta de vagas.
Potenciais consumidores destes instrumentos estão no Brasil e no exterior. Estimam-se no Brasil em torno de vinte mil instrumentistas de violinos, violas e violoncelos, e um número ainda superior de instrumentistas de cordas dedilhadas que valorizem instrumentos artesanais. Ao se considerar o mercado internacional, o volume potencial é muito grande.

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instrumentos musicais
Foto: arquivo


fabricação de violino
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Fonte: ACS