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Conciliação resulta na saída dos estudantes do prédio da Reitoria

‘Os danos, e a responsabilidade, causados no dia 30 de novembro pela manhã aos próprios públicos e eventuais danos causados a aparelhos de telefonia e outros aparelhos eletrônicos, que estavam nas salas existentes no ponto de conexão entre o Edifício Dom Pedro I e o Edifício da Reitoria serão objeto da conversação a ser realizada dia 15’.

Este é um dos trechos do Termo de Audiência de Conciliação sobre a Ação de Reintegração de Posse nº 2005.70.00.034123-0 em que representantes da Universidade e representantes do estudantes que ocuparam o prédio da Reitoria assinaram ao final da reunião de conciliação. Segundo o professor Zaki Akel Sobrinho, pró-reitor de Planejamento, um dos representantes da UFPR, a mediação do juiz Wendpap permitiu o acordo entre as partes. ‘Nós abrimos conversação deste o dia da ocupação, mas só tivemos a primeira rodada de negociação com os estudantes na segunda (05). Depois de cerca de seis rodadas de negociação que não resultaram num acordo, pedimos a reintegração de posse e fomos para a reunião de conciliação’, explica. Segundo ele, a Reitoria reconhece que os atos do dia 02 para frente são de natureza política e, portanto, implica na inexistência de penalidades disciplinares. ‘Porém, todos os atos acontecidos no dia 30 serão alvo de sindicância da Universidade, até por pressão da comunidade universitária, muitos deles que presenciaram os danos praticados contra o patrimônio público’, esclarece o pró-reitor.

Sindicâncias – O pró-reitor afirma que a solicitação feita pelos estudantes será cumprida por decisão do Conselho Universitário em que as denúncias de possíveis irregularidades praticadas por servidores durante a campanha para consulta a reitor e vice será alvo de sindicância. ‘Mas, assim como os estudantes pediram a sindicância, integrantes da comunidade acadêmica pedem a mesma ação contra os atos praticados no dia da reunião do Colégio Eleitoral’, afirma. Ele lembra que uma sindicância pode resultar, se comprovado o ilícito, desde uma advertência até uma expulsão – seja de servidor ou estudante.

Saída do prédio – A saída dos estudantes do prédio da Reitoria foi acompanhada por outros que estavam do lado de fora da ocupação bem como por servidores da instituição. Uma comissão com integrantes da Administração e dos estudantes foi formada para averiguar as condições do prédio e assinar um termo de entrega e recebimento do mesmo.

Retomada ao trabalho – A partir desta quinta, 08, os servidores que trabalham no prédio da Reitoria poderão retornar ao trabalho. Muitas ações estão paradas e segundo o pró-reitor as equipes deverão compensar estes dias trabalhando no final de semana. ‘Temos muipo o que fazer para poder empenhar todos os recursos até o dia 16 de dezembro. Se não cumprirmos esta data, o Ministério do Planejamento retoma o dinheiro não gasto e não poderemos aplicar todos os recursos nas necessidades da instituição’, confirma. Segundo ele, recursos como as emendas individuais e da bancada federal somam R$ 1.100 milhão, a emenda ANDIFES outros R$ 1.300 milhão e recursos para a UFPR Litoral na ordem de R$ 5 milhões. ‘Além disso, a procuradora jurídica da UFPR, doutora Dora Bertúlio, afirmou que recursos foram perdidos em ações trabalhistas que podem chegar a R$ 1 milhão. Mas, pelos acontecimentos, o própio juiz Wendpap afirmou ser possível pedir recursos explicando a situação.’

Foto(s) relacionada(s):


Sala dos Conselhos – no momento da desocupação
Foto: Karina Sabbag


Mesa principal da sala dos Conselhos
Foto: Karina Sabbag


Momento da saída dos estudantes
Foto: Evelyn Fantinatto


Momento da saída
Foto: Evelyn Fantinatto


Sala dos Conselhos
Foto: Evelyn Fantinatto


Tarde da desocupação
Foto: Karina Sabbag

Fonte: Patricia Favorito Dorfman