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UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

Comemoração do centenário faz homenagem à diversidade e à cultura indígena

Abertura da exposição "Amazônia Viva" - Foto: Rodrigo Juste Duarte
Abertura da exposição "Amazônia Viva" - Foto: Rodrigo Juste Duarte

Comemorações com significado. Esse foi o conceito destacado pelo reitor Zaki Akel Sobrinho a respeito dos eventos realizados na noite de quinta-feira, dia 19, referentes ao centenário da Universidade Federal do Paraná. Neste mês de abril, a arte e a cultura indígena foram os temas centrais, pois a data coincidiu com o Dia do Índio.

“Somos pioneiros em ações afirmativas e temos alunos indígenas formados pela UFPR. Hoje, celebramos a diversidade”, disse ele.
Como parte das comemorações marcadas para o dia 19 de cada mês ao longo deste ano, foi aberta ontem no Museu de Arte da UFPR  (MusA) a exposição “Amazônia Viva”, que reúne obras pictóricas do artista Tyryetê Kaxinawá, seguindo-se uma apresentação do Madrigal Feminino Chanson, com repertório de músicas étnicas. A antropóloga Laura Perez Gill, da UFPR, fez uma apresentação etnológica sobre o grupo indígena Kaxinawá, exibindo também um vídeo sobre a arte produzida pela tribo. O vice-reitor Rogério Mulinari, coordenador da comissão que organiza os festejos do centenário, destacou o lançamento do edital das Bolsas Rumo aos 100 Anos, voltada a pesquisas sobre a história da Universidade  e do Paraná.

Abertura da exposição "Amazônia Viva" - Foto: Rodrigo Juste Duarte
Abertura da exposição "Amazônia Viva" - Foto: Rodrigo Juste Duarte

A exposição “Amazônia Viva” reúne a coleção de desenhos originais de Jaime da Silva Araújo, cujo nome indígena é Tyryetê Kaxinawá, companheiro ambientalista de Chico Mendes, Marina Silva, José Lutsemberg, entre outros em prol dos direitos dos trabalhadores extrativistas e da preservação da Amazônia. Trata-se de um relato visual da história da chegada do “homem branco” na floresta e a destruição acarretada, a extração da borracha nos seringais e a mobilização dos povos da floresta. De cores vibrantes e estilo único, seu desenho nasceu de uma necessidade: “Quando escrevi meu primeiro livro eu precisava de uma capa. Como não tinha dinheiro para mandar fazer iniciei a árdua tarefa de fazer o que não sabia”, diz Jaime em texto autobiográfico. As obras fazem parte do acervo do Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR (MAE).
A exposição permanece no MusA  até 30 de junho, inaugurando um roteiro de itinerância pelo Brasil. A visitação pode ser feita de segunda a sexta, das 9h às 18h, e nos sábados das 9h às 13h, com entrada franca.

Abertura da exposição "Amazônia Viva" - Foto: Rodrigo Juste Duarte
Madrigal Feminino Chanson na abertura da exposição "Amazônia Viva" - Foto: Rodrigo Juste Duarte