Desde 2002, por solicitação da direção do Setor de Ciências da Saúde e por ocasião do estabelecimento do Plano Setorial de Prioridades da gestão que se iniciava, os cursos de Enfermagem e Terapia Ocupacional, em conjunto, apresentaram o levantamento das necessidades de espaço físico global, necessário às suas instalações, o qual foi acolhido. Solicitações dessa natureza já haviam sido feitas pelo curso e Departamento de Enfermagem a várias gestões da UFPR e obtidas muitas promessas de realizações, durante os trinta e cinco anos de existência desse curso. Solicitação semelhante foi feita anteriormente pelo curso de Terapia Ocupacional à Comissão do Plano Diretor da UFPR.
No ano seguinte os cursos de Enfermagem e Terapia Ocupacional decidiram pela criação de uma comissão com representantes de ambos os cursos, que se responsabilizasse pela elaboração de um projeto de construção de uma sede conjunta. A partir de 2004, foram realizadas reuniões dessa comissão com a Pró-Reitoria de Administração (PRA) e solicitado levantamento topográfico do terreno no campus Jardim Botânico, que anteriormente já tinha sido destinado ao curso de Enfermagem pelo Plano Diretor. Além disso, foi autorizado pela PRA que a Prefeitura da Cidade Universitária (PCU) desenvolvesse o projeto arquitetônico, a partir das necessidades levantadas pela referida Comissão. Esse projeto foi aprovado pelo Departamento e Coordenação do curso de Enfermagem, Coordenação de Pós-Graduação em Enfermagem, Coordenação do curso de Terapia Ocupacional, e direção do Setor de Ciências da Saúde.
Em 2004, o curso de Terapia Ocupacional obteve recursos financeiros oriundos da primeira Emenda Parlamentar, destinados à construção da Clínica de Terapia Ocupacional. Também o Departamento de Enfermagem detinha um valor equivalente oriundo de recursos próprios para serem utilizados na construção de sua sede. A seguir, recursos de outras emendas foram angariados por ambos os cursos.
Tendo em vista o projeto arquitetônico, os recursos financeiros preliminares e o indispensável apoio da Direção do Setor de Ciências da Saúde, nas pessoas dos professores Dr. Rogério Andrade Mulinari e Maria Emília Daudt Von der Heid, o Magnífico Reitor Professor Dr. Carlos Augusto Moreira Júnior comprometeu-se com a liberação de recursos para a realização de toda a obra. Iniciaram-se, então, as providências para o início da primeira etapa da obra.
Em 2006, foi apresentada uma nova versão do projeto arquitetônico da obra, com as modificações exigidas pela Comissão do Plano Diretor, que incluia a verticalização da construção com vistas ao melhor aproveitamento de áreas. Também foi esclarecido que o projeto, prevendo cinco andares, possibilitaria a construção em várias etapas.
A partir daí, realizaram-se licitações para a elaboração dos projetos complementares e da primeira etapa da construção, o que incluiu a preparação do terreno, a construção da estrutura total e da infraestrutura de um terço da obra. O início das obras deu-se em janeiro de 2007.
Em 2008, houve nova licitação, início e desenvolvimento da segunda etapa da obra. A terceira etapa ocorreu em 2009, e a quarta finalizou em 2010, viabilizada com acréscimos de recursos provenientes do Reuni.
O apoio e a participação do Setor de Ciências da Saúde, da Reitoria, na gestão anterior e na presente, sob a liderança do professor Dr. Zaki Akel Sobrinho, e das respectivas equipes da Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan), da PRA e da PCU foram fundamentais para o planejamento, viabilização dos recursos e do desenvolvimento da obra. A sua inauguração ocorreu em 16 de dezembro de 2010.
Em fevereiro de 2011, os dois cursos de Graduação, Enfermagem e Terapia Ocupacional, a Pós-Graduação em Enfermagem e os respectivos departamentos mudaram-se para o novo prédio. Todavia, a finalização de uma obra implica em atendimento a quesitos que extrapolam as previsões, e que necessitam ser atendidos, fato que gerou uma quinta etapa, ainda em desenvolvimento.
Nós, membros da Comissão de Planejamento e Acompanhamento da obra, avaliamos que hoje, estudantes, técnicos administrativos e docentes estão mais satisfeitos com as condições dignas de trabalho e convivência acadêmica viabilizadas pelas novas instalações físicas, o que com certeza se refletirá na qualidade do processo de ensino-aprendizagem e na produção docente e discente.
Baseados em nossa experiência, compartilhamos com os que pretendem, ou estão iniciando o processo de construção de espaços físicos na UFPR, que um projeto desse porte exige planejamento com muito tempo de antecedência, estratégias inovadoras, parcerias, dedicação de tempo e energia, determinação e muita persistência, diante dos inúmeros desafios e percalços. Além disso, para ser bem-sucedido, requer obrigatoriamente o trabalho integrado, participativo, de diversos setores da universidade, e o apoio irrestrito da Administração da UFPR.
Entendemos também que todo esse trabalho qualificado em equipe e o apoio dos diferentes níveis da Administração da UFPR são necessários também para a indispensável manutenção predial, a fim de que as boas condições de trabalho e o patrimônio predial sejam preservados, como um compromisso de toda a comunidade universitária.
Professoras Lillian Daisy Gonçalves Wolff, Marinelli Joaquim Meier de Enfermagem e professores Milton Carlos Mariotti e Rita Aparecida Bernardi Pereira de Terapia Ocupacional.
Foto(s) relacionada(s):
O novo prédio
Foto: Rodrigo Duarte
Fonte: PRA
