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Arrecadação de fundos pró-Haiti será operacionalizada nesta semana

O comitê pretende arrecadar recursos financeiros que serão destinados ao Fundo de Solidariedade ao Haiti e revertidos para a reconstrução do país caribenho. Para tanto, cada entidade que o compõe deve mobilizar sua comunidade interna, a fim de arrecadar doações em dinheiro. ‘A campanha na UFPR deve começar a ser operacionalizada já a partir dos próximos dias’, disse o reitor Zaki Akel Sobrinho. A operacionalização deve ser efetivada pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae).

Com a entrada da universidade, o comitê passa a contar com 16 entidades, entre empresas, cooperativas, sindicatos e associações. A Universidade da Integração Latino-Americana (Unila), criada com o apoio da UFPR, também integra o comitê.

Além da arrecadação de fundos, o comitê também pretende auxiliar o Ministério das Relações Exteriores no planejamento de onde eles serão prioritariamente investidos. Outra face da ajuda será oferecer tecnologia para a reconstrução do país.

O diretor geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek, que esteve presente na solenidade em que foi assinado o termo de adesão da UFPR ao comitê, salientou que já existe tecnologia disponível na empresa que pode ser transferida ao Haiti. A partir dela, os próprios escombros, triturados, poderiam servir de matéria-prima para a reconstrução do país.

A proposta consta no plano que o comitê deve enviar em breve ao Ministério das Relações Exteriores e que, entre outras coisas, também prevê a realização de mutirões para a reconstrução de casas e distribuição dos alimentos doados.

‘Agora, com a entrada da UFPR, temos a possibilidade de somar tecnologias e progredir ainda mais nesse aspecto’, prevê Samek.

A UFPR já vinha atuando na tragédia do Haiti, com uma equipe multidisciplinar de pesquisadores do Centro de Apoio Científico em Desastres (Cenacid). O coordenador do Centro, Renato Lima, viajou ao Haiti um mês após do terremoto e foi testemunha ocular da devastação do país. ‘É uma coisa que às vezes você olha e acha que não tem solução’, testemunhou. ‘Mas precisamos dar um primeiro passo. O Haiti precisa de uma mobilização global, e uma mobilização que tenha continuidade. O Brasil hoje é referência no país e tem total condições de encabeçar essa mobilização’, concluiu.

Em seu discurso, durante a solenidade, Zaki Akel também lembrou a morte de Zilda Arns, que faleceu durante o tremor no Haiti. ‘Uma tragédia que levou uma pessoa paradigmática em solidariedade e amor ao próximo’, lamentou o reitor.

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Jorge Samek e Zaki Akel assinam o Termo de Adesão da UFPR ao Comitê de Solidariedade ao Haiti.
Foto: Leonardo Bettinelli

Fonte: Sandoval Matheus (estagiário), sob orientação de Fernando César de Oliveira