Essa é uma das épocas do ano mais esperadas pelos frequentadores do Setor de Ciências Biológicas, e não é só pelo final do inverno e aproximação da primavera. É nesse período que as amoreiras, árvores que estão espalhadas por todo o Setor, ficam repletas de amoras maduras, adoçando o dia a dia daqueles que passam por ali.
As amoreiras são atração do Setor há cerca de 30 anos, desde que os primeiros pés foram plantados pela equipe do professor aposentado Yang Chiang Chang, docente do Departamento de Fisiologia pioneiro em uma linha de pesquisa de Neurofisiologia. “Ele usava seres invertebrados como minhocas e bichos da seda em seus experimentos de Eletrofisiologia. As amoras eram utilizadas para alimentar os animais”, conta Claudia Sallai Tanhoffer. Na época, Claudia era estudante da universidade, hoje ela é docente no Setor e continua a apreciar os frutos.
A distribuição das árvores pelo Setor teve grande ajuda dos pássaros, já que a polinização realizada por eles foi a responsável por espalhar as plantas pelo espaço. Por se tratar de uma árvore mais rústica, não foram necessários cuidados especiais para sua conservação e as amoreiras persistem dando frutos por três décadas.
Além de se tornar um atrativo para a comunidade acadêmica que desfruta das amoras, segundo Claudia essas árvores representam um importante momento em que a pesquisa começou a ser desenvolvida em muitos departamentos na universidade.