Pela primeira vez será realizada uma charrete – evento muito comum no passado nas escolas de Arquitetura da França. Será sorteada uma tarefa e os universitários têm prazo de 24 horas para executá-las. Eles irão passar a madrugada nos laboratórios desenvolvendo projetos que utilizem a madeira nas construções. Depois de prontos os trabalhos serão julgados por uma comissão de professores.
Queremos incentivar o uso da madeira nas novas construções porque é um recurso renovável. Outra vantagem para o meio ambiente é a liberação de carbono destacou a professora Andréia Berriel. “ A única forma de uma floresta continuar liberando carbono e utilizar a madeira. De acordo com a professora, este conceito de que a madeira está em extinção é errada e é essa idéia que o Departamento de Arquitetura quer mudar a partir de agora. Desde que sejam feitos novos plantios de árvores será a forma correta de manter o meio ambiente.
A charrete está programada para começar no fim da tarde de quinta-feira e vai até a sexta-feira. No sábado dia 11, das 8h às 12h será realizada a avaliação da produção desenvolvida pelos alunos e discussão com premiação das equipes vencedoras. Os trabalhos ficarão expostos no Centro Politécnico onde ocorre o evento.
PALESTRAS -A charrete será precedida de palestras sobre a importância da madeira para o equilíbrio ambiental. Nesta quinta-feira das 8 às 12 horas haverá palestra com dois dos mais destacados profissionais da arquitetura brasileira, o arquiteto Hélio Olga e Henrique Pina, defensores da utilização da madeira tropical em obras civis. Será no auditório do curso de Arquitetura. O evento “ Arquitetura da Madeira, material renovável , tecnologias para o século XXI”, tem a finalidade de propor sugestões que não agridam o meio ambiente.
HISTÓRIA DA CHARRETE – A Charrete era uma prática usual dentro da Escola de Belas Artes francesa. Os mestres lançavam um tema relâmpago para os estudantes de Arquitetura e eles tinham 24 horas para desenvolvê-lo, o que podia ser feito dentro dos ateliers – geralmente de arquitetos renomados da época onde trabalhavam e, ao final das 24 horas, uma charrete ia passando e recolhendo os trabalhos. Ao ouvir a charrete se aproximar, ocorria um reboliço geral na tentativa de finalizar o trabalho e entregá-lo a tempo.
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Fonte: ACS