A exposição em comemoração à data da abolição da escravatura ficará aberta até o dia 18 de maio, no hall da Reitoria. “É a visão dos adolescentes sobre o valor desses negros e seus legados”, destacou também a coordenadora da mostra, professora Giomar Martins, por ocasião da abertura, na manhã desta sexta-feira, dia 11 de maio.
O empenho dos alunos da ET para realizar a exposição representa também a luta empreendida pela UFPR em prol da eliminação das desigualdades social e racial, destacou o reitor Carlos Augusto Moreira Júnior. Nos painéis, a vida e a obra de personalidades negras expressivas como Juliano Moreira, formado em Medicina aos 18 anos de idade, designado como o fundador da disciplina de Psiquiatria no Brasil, João Cãndido Felisberto, 1880 – 1969, conhecido como “O Almirante Negro”, líder negro gaúcho representante da luta pela igualdade dentro dos navios, Anastácia, a escrava de olhos azuis e máscara de ferro, cultuada no Brasil como santa e heroína.
Ainda a história de Afonso Henriques de Lima Barreto, 1881-1922, um dos mais importantes escritores brasileiros do início do século XX, que deixou vários romances, contos, crônicas, memórias e sátiras, registrados nos títulos “Recordações do Escrivão Isaías Caminha”, o “Triste fim de Policarpo Quaresma”, “Histórias e Sonhos” e demais obras. Já a escritora negra Carolina de Jesus revelou a importância do testemunho como meio de denúncia sociopolítica. Outras memórias, gravuras e fotos também poderão ser vistas em cerca de 30 painéis.
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Abertura da exposição
Foto: Izabel Liviski
Fonte: Sônia Loyola
