O diretor do Hospital Veterinário da UFPR, Ivan Barros, lembra que há anos a instituição realiza a castração e vacinação gratuita desses animais, mas é preciso também dar uma destinação adequada para que eles não permaneçam nos campi. “Após serem castrados e vacinados estes animais recebem também um microchip, que serve como uma identificação do cão e do futuro proprietário. O próximo passo é conseguirmos um lar adotivo para o cão, pois a presença dele nos campi pode ser perigoso para a comunidade acadêmica e até para o animal”, afirma Ivan.
Perigo constante
Segundo o professor Alexander Biondo, atualmente diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna (DPCF) da prefeitura da cidade, ao serem alimentados dentro dos campi esses animais passam a desenvolver comportamento territorialista e podem, eventualmente, atacar uma pessoa. “Por estar em espaço fechado, ainda que de grande área, e sendo alimentado, o cachorro entende que o campus é o grande quintal da casa dele, e pode tentar protegê-lo de invasores. Aí está o perigo”, comenta. Na próxima quarta-feira (30) Biondo participará de nova reunião na PRA para discutir um plano de ações. Recentemente a universidade registrou casos de ataques a membros da comunidade acadêmica.
Abandono será monitorado por câmeras
Muitos animais encontrados atualmente nas dependências da UFPR entraram de forma oportuna e espontânea, mas o pró-reitor de Administração alerta que alguns proprietários de animais abandonam seus cães nos campi da instituição, o que configura um crime. “Nossa equipe de segurança flagrou carros que entram nos campi apenas para abandonar um cachorro. A parceria firmada com a prefeitura vamos fornecer as imagens para que os proprietários sejam identificados e punidos no rigor da lei”, disse Álvaro.
Abandonar animais é crime municipal, estadual e federal, e pode ser punido com multa e detenção de três meses a um ano.
Campanhas contra alimentação dos animais
Com a finalidade de dar solução definitiva ao problema a UFPR conta com a ajuda da comunidade acadêmica. Para isso, realizará campanhas educativas conscientizando a todos da importância de não dar água ou comida aos animais dentro da universidade. Ato aparentemente inofensivo, mas pode desenvolver o instinto territorialista no animal e desencadear ataques. Segundo a Pró-Reitoria de Administração, ao encontrar um animal abandonado dentro da instituição deve-se comunicar imediatamente um representante da Administração para que sejam tomadas as providências cabíveis.