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UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

Unidade de Transplante de Medula Óssea, Oncologia e Hematologia do HC-UFPR/Ebserh divulga, em artigo científico, conhecimentos adquiridos

O Complexo do Hospital de Clínicas da UFPR/Ebserh é reconhecido nacional e internacionalmente como centro de excelência em transplante de medula óssea.  Cerca de 3000 transplantes de medula óssea já foram realizados desde 1979, quando os médicos Ricardo Pasquini e Eurípides Ferreira foram os primeiros, na América Latina, a desbravar um caminho que mudou a medicina no Brasil. O feito, que ocorreu dentro do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, veio a resultar em uma unidade com profissionais de diversas especialidades considerada referência mundial em um tratamento que envolve alta complexidade.

Ao longo dos anos, os profissionais adquiriram conhecimentos e somaram experiências, que foram relatadas recentemente em um artigo publicado na revista científica “The Lancet Haematology”, do Reino Unido, uma das mais importantes do mundo. O artigo trata especificamente sobre o transplante para pacientes com anemia de Fanconi (doença rara que causa a insuficiência progressiva da medula óssea) e as intercorrências que a doença e seus tratamentos trazem a esses pacientes.

“A experiência desenvolvida dentro do Hospital de Clínicas da UFPR ao longo dos últimos anos, comandada pelo Dr. Ricardo Pasquini e Dra. Carmem Bonfim no atendimento destes pacientes, na maioria das vezes pediátricos, é uma das maiores do mundo e a publicação deste artigo mostra o reconhecimento internacional e o valor desse trabalho”, relata o médico Samir Kanaan Nabhan, atual chefe da Unidade de Transplante de Medula Óssea, Oncologia e Hematologia (UTOH) do CHC-UFPR/Ebserh.

O transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH) é o principal tratamento para as complicações hematológicas relacionadas a essa doença, que é de difícil manejo.

O artigo relata que, nas duas últimas décadas, houve uma melhora significativa nos resultados após o TCTH com doadores aparentados e não aparentados.

No entanto, a sobrevida global ainda não é a ideal, em virtude de algumas complicações relacionadas à própria doença. Pacientes que recebem o transplante de doadores com uma compatibilidade menor, apresentam uma alta incidência de falha do enxerto e doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH), que ocorre quando as células da medula óssea ou células-tronco do doador atacam o receptor.

Nesse contexto, a equipe da Unidade de Transplante de Medula Óssea, Oncologia e Hematologia do CHC-UFPR/Ebserh desenvolveu um programa para atendimento a esses pacientes adaptando a técnica de transplante de doador haploidêntico (que não é totalmente compatível) ao usar a ciclofosfamida (medicamento quimioterápico convencional) após o transplante e deixando de utilizá-la no pré transplante, para evitar a falha do enxerto e a DECH.  Além disso, o artigo mostra que a adição de soroterapia melhorou a sobrevida desses pacientes, diminuindo a incidência de GVHD aguda e crônica grave e expandido o acesso ao TCTH para pessoas com anemia de Fanconi.

“Como chefe atual da UTOH, posso assegurar que toda a equipe seguirá o exemplo deste programa para não só continuarmos prestando uma assistência de qualidade e possibilitar o acesso às mais diversas inovações terapêuticas disponíveis para os nossos pacientes, mas também desenvolver o conhecimento através de diferentes linhas de pesquisa”, conclui o médico.

Leia aqui o artigo na integra.

(Reproduzido do site https://www.gov.br.)

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