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FEDERAL DO PARANÁ

UFPR desenvolve ações de prevenção a crimes digitais contra crianças e adolescentes; roda de conversa on-line dia 26/07

O projeto de extensão Prevenção ao Aliciamento de Crianças e Adolescentes (Proteca) é desenvolvido pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) desde 2018 para combater crimes cibernéticos e disseminar informações com vistas à segurança digital do público-alvo. No dia 26 de julho, às 19h, alunos que participam voluntariamente do projeto promoverão uma roda de conversa on-line sobre a temática.

A “I Roda de conversa: crimes virtuais envolvendo crianças e adolescentes” destina-se a estudantes e visa alertar e orientar sobre os riscos da exposição de crianças e adolescentes em ambientes virtuais. Na programação, apresentações e diálogos sobre proteção de dados e infância, perfis de criminosos, rede de proteção, tipos de crimes digitais e notificações. Gratuito, o evento oferece 60 vagas. As inscrições devem ser feitas até o dia 24 de julho aqui. Os participantes receberão o link para acesso por e-mail e terão direito a certificado de 2h.

“Há muitos, muitos casos envolvendo os jovens, e de várias maneiras. Assim como são inúmeros os casos de universitários que estão sofrendo pelo crime cibernético ou já tiveram alguma situação anterior. E isso não é expressado. Vamos levar essa abordagem, numa linguagem deles para eles”, afirma a professora do Departamento de Informática da UFPR Elenice Mara Matos Novak, coordenadora do Proteca.

Tecnologia, legislação, políticas públicas, educação e saúde são assuntos trabalhados pelo grupo. O projeto conta, em julho de 2021, com dois bolsistas e com 35 alunos voluntários dos cursos de Direito, Informática Biomédica, Biomedicina, Ciências da Computação, Psicologia, Licenciatura em Francês, Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Odontologia – quatro deles, de outras universidades do Paraná.

Além de Elenice, participam do Proteca quatro docentes dos Departamentos de Ciência e Gestão da Informação, Enfermagem e do Setor de Educação da UFPR e um técnico-administrativo do Departamento de Informática. Parcerias institucionais reforçam a atuação na prevenção e no combate aos cibercrimes. “É necessário, a gente ter um olhar, um comportamento, um estudo, uma pesquisa, uma extensão de forma multidisciplinar. Só assim o assunto é atacado de maneira eficiente na sociedade”, defende a coordenadora.

Em conjunto com a Secretaria de Educação de Curitiba, o Proteca realiza um curso de extensão para aproximadamente 50 professores da rede municipal, para sensibilização e capacitação. De acordo com Elenice, na escola, as crianças e os adolescentes costumam se sentir à vontade e, muitas vezes, compartilham com mestres, gestores e colegas o que fazem no celular. “Mesmo de forma remota, o nível de confiança que os estudantes têm para perguntar para um ou outro professor que seja mais próximo… Os alunos raramente expõem isso para os pais”.

Os relatos de profissionais da educação sobre situações e casos de violência e a dificuldade de enfrentamento chamaram a atenção da equipe do projeto da UFPR. “Os professores começaram a revelar angústias que têm passado e nunca contaram. Ou contam e fica só na escola, ou com alguns colegas. Crianças estão sofrendo e, em alguns momentos, não estão revelando, mas os professores identificam – e não sabem o que fazer. Há casos em que eles tomam providências. E há situações em que todo mundo fica invisível. Todo mundo se esconde, e esse é o ponto do projeto”, problematiza a docente.

O curso para a rede municipal segue até agosto. Inclui palestras mensais para os educadores, que irão desenvolver e apresentar uma atividade para certificação. A pesquisadora do tema enfatiza: muitos crimes virtuais ocorrem por falta de informação. Quando os atingidos são jovens e crianças, recebem destaque as estratégias de aproximação dos aliciadores para ganhar a confiança da vítima, lamenta.

A natureza dos cibercrimes, as legislações aplicadas e a evolução do problema no Brasil são foco de pesquisas realizadas pelos integrantes do Proteca. Produção e publicação de artigos científicos, levantamento de dados estatísticos e promoção de lives são ações desenvolvidas com o intuito de gerar impacto na proteção digital das crianças e dos adolescentes.

Dados compilados pela equipe do Proteca/UFPR. Arte: Pamella Mariano

Os interessados em participar do Proteca devem enviar um e-mail para proteca@ufpr.br. Mais informações no site do projeto, no Facebook e no perfil no Instagram.

Central de Denúncias

Dados disponíveis na página da SaferNet Brasil contabilizam  2.500 denúncias (totais) como média diária estimada para o quantitativo de notificações enviadas para a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos. A equipe recebe informações sobre páginas que contêm evidências de crimes de pedofilia, pornografia infantil, racismo, intolerância religiosa, maus tratos contra animais e de outras tipificações. O sistema automatizado permite ao internauta o acompanhamento da denúncia. 

Única na América Latina e no Caribe, a Central configura o primeiro projeto criado pela SaferNet Brasil. A associação civil de direito privado, sem fins lucrativos, vinculação político-partidária ou religiosa, foi fundada em 2005 por pesquisadores e professores das áreas da Computação e do Direito para defesa dos direitos humanos na internet.

Mais informações e indicadores sobre crimes cibernéticos no Brasil em https://new.safernet.org.br/.

(Foto de destaque da notícia no Portal da UFPR: Divulgação / S. Hermann & F. Richter – Pixabay)

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