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FEDERAL DO PARANÁ

Pesquisa busca ressignificar violências sofridas por universitárias a partir da musicoterapia

Investigar os sentidos criados pelas estudantes do ensino superior de instituições públicas que sofreram ou sofrem algum tipo de violência é o objetivo da pesquisa desenvolvida pela doutoranda do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Paraná (PPGE/UFPR), Sheila Beggiato, que faz a análise a partir de encontros de musicoterapia. Interessadas em participar da iniciativa podem preencher formulário de interesse aqui.

Segundo a pesquisadora, experiências que teve quando autou como professora e como coordenadora da Seção de Assuntos Estudantis na Universidade Estadual do Paraná (Unespar) a levaram ao tema de estudo. “A vivência me permitiu ter conhecimento de situações de violências que estudantes haviam sofrido e que ficavam ocultas, mas não deixavam de afetar a vida das alunas”.

A proposta do projeto é propiciar um espaço acolhedor para falar sobre um assunto delicado. As atividades são baseadas no campo teórico-prático da musicoterapia, que envolvem técnicas específicas e experiências musicais compartilhadas. “Estar em um grupo no qual se compartilham trocas, experiências, vivências, com a mediação de profissional experiente, pode contribuir para ressignificar algumas histórias de vida”, relata.

De acordo com Sheila, casos de violência ou outras situações traumáticas dificilmente são esquecidos, pois deixam marcas no corpo, na memória e na subjetividade das pessoas. Para a pesquisadora, o papel da musicoterapia é trazer novos sentidos a esses traumas. “Assim como nos processos terapêuticos, apostamos que abordar o tema, compartilhar a experiência e buscar significados para o que vivenciamos em nosso cotidiano ajude a nos construirmos como seres humanos que somos, com nossas dores e sofrimentos, mas também como seres criativos e inventivos”, explica.

A pós-graduanda reforça que, mesmo que a pessoa não tenha conhecimento musical, ela tem a capacidade de se expressar por meio da música, portanto, o projeto é aberto a todas as estudantes que tenham passado por uma situação de violência. Para a realização dos encontros, Sheila  disponibilizou um formulário para entender quais os melhores dias e horários, de acordo com a disponibilidade das interessadas em participar da pesquisa.

Por Letícia Barbosa Ribeiro

Sob orientação de Jéssica Tokarski


Foto de destaque: Pixabay

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