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UFPR se prepara para retomada do calendário acadêmico

Diálogo inclui todas as categorias da UFPR – Foto: Marcos Solivan

Desde o início da pandemia, quando as atividades tiveram que ser paralisadas e o calendário acadêmico suspenso, a comunidade universitária participou de discussões sobre a adesão ao Ensino Remoto Emergencial. Agora, próximo do término do segundo período especial, quando já se tem dados da primeira etapa e os estudantes ainda podem avaliar cursos e disciplinas (a avaliação para alunos de graduação está disponível até 1.º de março, neste link), mais uma vez a comunidade se reúne de forma virtual, desta vez para debater a retomada do calendário acadêmico, ainda sem atividades presenciais, e as alternativas letivas possíveis nesse retorno. A decisão ocorrerá com a participação das três categorias, em sessão do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da UFPR.

Com análise do período especial e levantamento de cursos e disciplinas, a Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional (Prograd) chegou a três alternativas letivas para 2021. O balanço do período especial mostra que, nos dois ciclos, foram atendidos 23.988 alunos, o equivalente a 90,1% dos estudantes com matrícula. Foram ofertadas mais de 210 mil vagas e a soma das cargas horárias chega a 88%, se comparada a um semestre letivo. Além dessa avaliação, a Prograd vai levar em conta as diferenças de cada curso.

A apresentação das propostas e do cenário atual para diretores de setor, coordenadores de curso e representantes de alunos e servidores técnicos foi o primeiro passo. “A intenção é ouvir a comunidade da UFPR, compilar as principais sugestões e ideias. Assim, criamos um instrumento que possa ser flexível o bastante para contemplar toda a diversidade da universidade”, explica a professora Maria Josele Bucco Coelho, pró-reitora de Graduação. O reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, reforça que a busca para uma solução de retorno do calendário “não será de cima para baixo, será discutida com todos”. Ele lembra que é preciso “ouvir, com flexibilidade e muito diálogo, para uma retomada com segurança”, tendo como premissas para a discussão a heterogeneidade dos cursos, que tem características e desafios diferentes.

Propostas
Para todas as opções, é preciso fazer um descolamento entre ano letivo e ano civil e considerar que a retomada do calendário acadêmico não significa o retorno às atividades presenciais. A pró-reitora esclarece que a retomada do calendário vai permitir que as coordenações possam fazer um planejamento de acordo com as especificidades formativas de cada curso, pensando na integralização curricular.

Na primeira alternativa proposta, haveria a oferta de mais um período especial via ERE, o calendário acadêmico de 2020 seria retomado em agosto de 2021 e o início do ano letivo de 2021 seria em junho de 2022. A segunda proposta prevê uma retomada simples do calendário acadêmico em maio de 2021 e o início do ano letivo de 2021 em janeiro do ano que vem. Quem passar no vestibular deste ano, teria aulas a partir de janeiro de 2022.

A terceira alternativa contempla uma retomada conjugada, com o retorno do calendário 2020 em maio deste ano e o início do ano letivo de 2021 em agosto de 2021. Nessa proposta, os dois períodos especiais seriam equivalentes a um semestre letivo e as coordenações teriam liberdade de ofertar disciplinas de primeiro e segundo semestre letivos, segundo planejamento próprio e quem passar no vestibular deste ano já terá aulas em agosto de 2021.

A pró-reitora Josele conta que a receptividade das categorias de docentes, técnicos e alunos foi boa e há um entendimento geral pela retomada do calendário. Durante as reuniões, foram levantadas várias questões – entre elas destaca-se a apreensão quanto ao quadro atual da Covid-19 em nosso estado e a possibilidade do retorno do trabalho presencial. Ainda, questões relativas às especificidades de oferta de disciplinas dos cursos anuais e a necessidade de garantias de não haver prejuízos na integralização de cursos. Esses e outros questionamentos devem ser compilados e reunidos com as dúvidas, receios e sugestões que serão enviados após as discussões e conversas que as categorias farão com suas bases na próxima semana.

Os próximos passos do processo de retomada também incluem nova avaliação da comissão do ensino remoto, reunião sobre protocolos de biossegurança com a Pró-Reitoria de Administração e criação de um comitê de acompanhamento da integralização curricular para apoiar e subsidiar as coordenações de cursos. Nesse contexto, a ideia é que toda a comunidade universitária possa refletir e debater sobre a retomada do calendário e a integralização curricular. “As palavras que definem as estratégias que adotaremos nesse processo que é o desafio da integralização curricular são a flexibilidade nas discussões e resiliência frente ao cenário atual da Covid-19 – e sobre este último, vale lembrar, não não temos controle”, conclui a pró-reitora.

Saiba tudo sobre as ações da UFPR relacionadas ao Coronavírus


Imagem em destaque: Cottonbro, no Pexels

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