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Estudantes de Medicina de Toledo auxiliam rede de saúde no combate à dengue e ao Coronavírus

Mesmo com as limitações impostas pela suspensão do calendário acadêmico, como o fechamento dos restaurantes universitários, por exemplo, um grupo de cerca de 60 estudantes de Medicina do campus de Toledo está fazendo a diferença no combate à pandemia do Coronavírus. Desde segunda-feira (23) eles estão organizados em quatro frentes de trabalho, desempenhando tarefas na prefeitura, unidades básicas de saúde e no Hospital Bom Jesus.

Alimentar dados nacionais sobre as epidemias é uma das tarefas executadas pelos acadêmicos de Medicina de Toledo (Fotos: Divulgação)

Parte destes alunos atuam na Vigilância Epidemiológica, onde auxiliam no preenchimento das fichas de notificação de dengue, epidêmica na região. Eles também terão a tarefa de atuar na notificação de coronavírus, quando houver registro de casos. “Esses dados são muito importantes, pois as informações são extremamente necessárias em um contexto de crise”, explica a coordenadora do curso e do projeto de extensão, professora Naura Tonin Angonese.

A estudante do sexto período, Maria Gabriela Fornazari, explica que atua no projeto fazendo registros de agravos de notificação compulsória no site do Sistema Nacional de Atendimento Médico (Sinam), junto à Vigilância Epidemiológica de Toledo. Lá,  recebe fichas com informações preenchidas por profissionais de saúde. “Os agravos registrados são, em sua maioria, casos de dengue, visto que a cidade de Toledo decretou situação de emergência em função da doença”, explica.

Os acadêmicos de sexto, sétimo e oitavo períodos estão distribuídos em vários locais da cidade, inclusive onde há rede privada de saúde, auxiliando na teleorientação de pacientes. “São alunos que já têm uma excelente condição e formação para executarem esse tipo de trabalho”, comenta a professora.

Cerca de 60 acadêmicos estão em ação

Já os estudantes do internato estão nas unidades básicas de saúde e no hospital de referência do SUS em Toledo, o Hospital Bom Jesus. Lá, eles fazem triagens de casos de dengue e da síndrome gripal, com o auxílio das equipes médicas e de enfermagem. “Esta é uma forma de colaborarmos com a prefeitura, com a regional de saúde e com os hospitais nesse momento. É uma forma de os alunos se envolverem, aprenderem. Quando se formarem, vão querer saber o que eles estavam fazendo nesse momento”, reflete Naura.

Segundo a coordenadora, o projeto de extensão leva os alunos para dentro do sistema de saúde de forma voluntária, em um momento de dificuldade. “Sabemos de todas as limitações de permanência dos estudantes com a suspensão do calendário e estamos muito contentes com a adesão ao projeto”, reforça. 

De acordo com ela, mesmo os acadêmicos que não conseguiram ficar na cidade estão colaborando à distância, na tradução de artigos científicos de língua inglesa para distribuição entre os profissionais de saúde da região. “Estamos disponibilizando o acesso a esses artigos traduzidos no site da universidade, para facilitar o acesso ao que se está produzindo de mais relevante”.

Para Maria Gabriela, o projeto de extensão é importante pois, por meio do trabalho, é possível conhecer todas as etapas do atendimento às doenças que são comuns a sociedade. “É por meio desses registros, que agora estamos auxiliando com o projeto, que podemos ter uma perspectiva de como está a situação do município, quais os bairros mais acometidos, perfil dos pacientes, e assim, planejar as medidas de controle mais pertinentes para a situação”, conta.

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