Imagem Padrão

Encontro reúne pesquisadores para discutir propriedade intelectual

12 abril, 2012
11:57
Por Simone Meirelles
Ciência e Tecnologia
Palestra da Renee Senger no Encontro de Pesquisadores

Palestra da Renee Senger no Encontro de Pesquisadores

O Brasil é o 47º no ranking de países inovadores divulgado por agências internacionais. Número que pode ser muito mais positivo com o incetivo ao registro de patentes por pesquisadores das univerisdades. Esse é o trabalho da Agência de Inovação da UFPR, que promoveu na manhã desta quinta-feira, dia 12, o I Encontro de Pesquisadores, no auditório do Cesec, no Centro Politécnico. Logo após a abertura, que contou com a presença do reitor Zaki Akel Sobrinho, houve uma palestra com Renee Senger, diretor regional do   Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) no Paraná. Ele apresentou um panorama dos registros solicitados e obtidos no Estado, bem como, relatou as dificuldades do órgão e apontou para as soluções necessárias.

A demora na análise dos pedidos de patentes foi um dos questionamentos levantados pelos pesquisadores presentes no evento. Na opinião de Senger, o INPI sofre com a falta de pessoal e a evasão de profissionais concursados, o que gera a fila de processos para análise. Para ele, as soluções passam pela descentralização dos técnicos, hoje concentrados no Rio de Janeiro, e pela aceleração no uso da tecnologia de informação para otimizar as tarefas.

Em seguida, o professor Carlos Soccol falou sobre “A Importância da Inovação e da Propriedade Intelectual para o Desenvolvimento Econômico do País”. Ele apresentou a experiência da área de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia da UFPR na pesquisa científica. Referência na área, o departamento  foi responsável pelo depósito de 11 patentes  entre 2007 e 2011. No período, foram formados 11 doutores, 36 mestres, seis pós-doutores e publicados 103 artigos em revistas internacionais indexadas. O professor destacou que as patentes de propriedade intelectual representam a proteção do conhecimento gerado e, em última instância, das riquezas e da biodiversidade do país.

Soccol apontou a percepção equivogada que o empresariado tem do papel dos pesquisadores nas universidades e das possibilidades de integração com o mercado produtivo. “Muitos empresários nos procuram pensando que vamos dizer a eles o que fazer, como fazer e que vão lucrar com nosso trabalho, sem necessidade de investimento. Querem que trabalhemos para eles, e de graça. É essa visão que precisa ser mudada”, ressaltou.  Uma das fórmulas para isso é equilibrar a presença de pesquisadores nas indústrias. Hoje, segundo dados apresentados por Soccol, a proporção de pesquisadores é de 73%  nas instituições de ensino e apenas 11% nas empresas. “Isso influencia diretamente no desenvolvimento do país”, observou acrescentando que  o Brasil passa por um processo de desindustrialização ─ a participação das indústrias na economia brasileira está caindo aos níveis dos anos 50 do século passado. Apenas com apoio ao desenvolvimento científico esses números poderão ser revertidos.

Sugestões

03 junho, 2025

Ferramenta oferece agilidade no envio de pautas, releases e conteúdos multimídia da UFPR diretamente aos jornalistas Acesse este […]

02 junho, 2025

O Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares […]

02 junho, 2025

O estudante do segundo ano do Ensino Médio Técnico em Petróleo e Gás da Universidade Federal do Paraná […]

02 junho, 2025

Análise aérea feita pela UFPR identificou perda de vegetação em mais de um terço da área estudada; dados […]