Nesta sexta-feira (20), a Universidade Federal do Paraná (UFPR) recebeu representantes de importantes movimentos populares urbanos, da Reforma Agrária Popular e da Economia Solidária do estado. A visita ocorreu no Gabinete do Reitor, Marcos Sfair Sunye, e teve como principal objetivo estreitar laços e fomentar novas iniciativas conjuntas entre a UFPR e as organizações presentes.
Entre os movimentos participaram da reunião, destacam-se a Articulação Despejo Zero, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento Popular por Moradia (MPM), a Frente de Organização de Trabalhadoras/es (FORT), o Centro de Formação Urbano Rural Irmã Araújo (Cefuria) e as iniciativas Marmitas da Terra e Mãos Solidária. Esses movimentos têm uma história de colaboração com a universidade, principalmente com o MST, que já desenvolveu com a UFPR diversos projetos de extensão, como cursos no Proner (Programa de Educação e Formação Popular), feiras de alimentos e outras ações que envolvem a comunidade universitária.
Durante o encontro, o reitor Marcos Sunye destacou a importância de fortalecer esses vínculos, não apenas com o MST, mas com todos os movimentos presentes. “Temos diversos projetos em andamento, como feiras anuais de alimentos, que são uma expressão dessa parceria. O objetivo é aprofundar a cooperação e gerar mais benefícios, tanto para a universidade quanto para a sociedade como um todo”, afirmou Sunye.
Sunye também ressaltou que, embora ainda não tenha sido formalizado um termo de cooperação, o foco será garantir que os projetos gerados sejam concretos e eficazes. “A nossa ideia é definir ações específicas, com cronogramas e benefícios claros para ambas as partes”, explicou o reitor. Essas ações visam, por exemplo, promover pesquisas em áreas como engenharia de alimentos e comunicação para aprimorar os produtos e tecnologias dos movimentos populares.
O movimento Sem Terra tem uma relação com a Universidade Federal desde 1990. “Nós dos movimentos sociais temos a nossa tarefa, mas junto à universidade nós buscamos essa ajuda científica que para nós é muito importante. Precisamos da universidade para nos aprofundar mais em conhecimento. A gente agradece muito por esse momento e que possamos dar um passo bem maior”, disse Izabel Grein, pioneira do MST, atualmente integrante do Setor de Saúde do Movimento no Paraná.
Por sua vez, os representantes dos movimentos populares expressaram sua satisfação com a receptividade da universidade. “Nos sentimos muito felizes pela abertura da UFPR, que está acolhendo as demandas das comunidades rurais e urbanas. A ideia é estabelecer uma cooperação para os próximos anos, que incentive a economia solidária, a produção de alimentos e o cuidado com a natureza”, afirmou Roberto Baggio, integrante da direção do MST.
A parceria proposta tem um caráter de longo prazo e visa integrar mais profundamente a ciência com as necessidades e práticas do povo. Além disso, ela pretende envolver estudantes, professores e técnicos da universidade em projetos voltados para a sustentabilidade e o desenvolvimento social. A ideia é construir um Brasil mais democrático, solidário e humano, onde a ciência e as comunidades possam caminhar juntas.
A visita marca o início de uma nova fase de colaboração entre a UFPR e os movimentos populares, com a promessa de um impacto positivo tanto para a universidade quanto para a sociedade.
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